Missão Jovem

Missão Jovem

O JOVEM INDO AO ENCONTRO DO JOVEM

O Projeto Missão Jovem é um jeito novo da Pastoral da Juventude trabalhar e “fortalecer o protagonismo dos jovens”, em suas diversas realidades. Trata-se de uma descoberta um tanto recente, que veio apontar caminhos para algo que já vinha acontecendo, com bons resultados, na prática dos grupos. É a consciência de que a Pastoral da Juventude também precisa ser missionária. Os grupos de jovens não podem mais ficar neles mesmos, desconhecendo a enorme multidão de outros jovens que nem sabem o que é grupo e nem tem uma ação pastoral organizada. De forma bem simples, apresentamos os passos deste projeto, hoje presente por todos os cantos do país, como fermento de transformação, com um público bem específico que é a juventude.

O QUE É O PROJETO MISSÃO JOVEM?

Entendemos por “Missão Jovem” a presença de um certo número de jovens (missionários/as), realizando, por determinado tempo, uma ação planejada e concreta em outra realidade juvenil.

Portanto, supõe um grupo de “missionários” que se organizam para dar testemunho de sua fé em algum lugar, ajudando a resgatar valores e desenvolver potencialidades, para que os jovens sejam ativos e conscientes de sua tarefa social e eclesial.

A “Missão Jovem” tem tempo definido de duração, em geral de uma semana. Porém, na prática, são necessários três momentos: O antes, o durante e o depois da missão.

1 – A PRÉ-MISSÃO: PROJETANDO SONHOS!

Este primeiro momento, chamado de “pré-missão” é o tempo de preparação. Precisa acontecer três ou quatro meses antes da “Missão” como tal, ou conforme o grupo achar necessário. Neste momento defini-se o lugar, o apoio necessário das lideranças do local da missão, no que diz respeito à acolhida e o sustento dos “missionários/as”. É preciso deixar claro que a Missão Jovem é parte da Missão da Igreja. Por isso a Comunidade precisa ser preparada, com a devida divulgação e metodologia.

Também é hora de definir: quem serão os missionários? Quais os critérios para escolha e envio destes e não daqueles? Como serão capacitados? Enfim, discute-se o programa da missão e distribuem-se as tarefas. Faz-se treinamentos, e busca-se os recursos necessários para que a missão possa acontecer. Há, portanto, um trabalho de preparação no local onde vai acontecer a “Missão” e também uma programação com os jovens que vão realizar a atividade missionária.

2 – A MISSÃO: CONCRETIZANDO OS SONHOS!

Neste segundo momento, e mais importante da missão, é o tempo de concretizar o que foi planejado. Aqui é fundamental considerar o seguinte: A chegada não deve ser nada festiva, mas precisa ser notada pela Comunidade Eclesial. Os missionários não devem chegar como intrusos dos quais ninguém sabe nada.

Para as atividades externas da missão podem ser desenvolvidos diversos tipos de encontros com os jovens, realizando visitas programadas às famílias, comunidades, colégios, celebrações e também confraternizações. São inúmeras as atividades possíveis: estudos com dinâmi­cas de grupo, brincadeiras, pequenas celebrações, encontros para os jovens falarem de seus sonhos e dificuldades, apresentação dos projetos da Pastoral da Juventude, da proposta de Jesus Cristo, com teatros, vídeos, gincanas e danças. Entretanto, devem ser consideradas também as atividades internas, ou seja, estudos e revisões diárias de tudo que acontece e se ob­serva, bem como momentos explícitos de oração. Lembrar que se trata de um tempo de evangelização. Vale muito a força e o sonho que os jovens missionários carregam dentro deles e sua capacidade de transmitir com maior ou menor preparo. Evidentemente que muitas coisas se aprende somente na prática.

Para concluir a “Missão” deve-se pensar e organizar um encerramento significativo. Pois é certo que a “Missão” vai ficar marcada na vida dos jovens e daquela Comunidade. Por isso mesmo é importante que durante o tempo da Missão já se vá refletindo sobre a continuidade. Fazer amadurecer um processo de continuidade que seja assumido solenemente no dia do encerramento.

3 – A PÓS-MISSÃO: ACREDITANDO NOS SONHOS!

Este é o último e quem sabe o mais duradouro dos três momentos. Pois como foi dito a “Missão” precisa acontecer na perspectiva da continuidade. Todo o começo precisa de um apoio. Aqui se deve pensar em cursos para lideranças e coordenadores, principalmente fazendo visitas sistemáticas à localidade. Vale lembrar que os grupos não precisam ser todos do mesmo tipo. De­penderá muito da realidade diferenciada dos jovens que são atingidos e da metodologia que se usa na realização das atividades na pós-missão. A prática tem ensinado que possíveis cursos deveriam realizar-se, mais ou menos, um mês depois da “Missão”. O que não convém é deixar “esfriar” o entusiasmo despertado.

juventude-salvatorianaSobre os objetivos da Missão

Toda “Missão Jovem” deve ter muito claro os seus objetivos. Aqui indicamos alguns que não podem faltar num grupo missionário jovem:

a) Conhecer a realidade das “juventudes” da região onde a missão vai acontecer e, ao mesmo tempo, onde se quer chegar com o trabalho missionário;

b) Inquietar todos os jovens sobre seu papel para a construção de uma Socie­dade mais justa e fraterna;

c) Levar os jovens e a Comunidade a cultivar a formação permanente e comunitária;

d) Ajudar a Igreja do local a entrar em contato com as diversas realidades dos jovens, apresentando-lhes a mensagem do Evangelho;

e) Despertar os jovens e a comunidade para ações de conjunto e não só para um grupo fechado;

f) Registrar a missão, anotando, fotografando e, se possível, filmando todos os acontecimentos (dificuldades e acertos).

Enfim, precisamos, mais do que nunca, organizar espaços no­vos onde os jovens se sintam sujeitos e participantes da evangelização. Como disse um jovem missionário: “A tarefa de evangelização é dos leigos e o protagonismo deve ser da juventude”. Pois, sem dúvida, a presença dos jovens no campo missionário, como testemunhas vivas do Evangelho, é hoje força de renovação e esperança para toda a Igreja.
 
 
 
 
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